quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Meu herói, meu ídolo, meu tudo!

Nesse tempo em que eu não escrevi nada tanta coisa aconteceu... Eu ando tão triste.
Eu tenho lembrado tanto do meu avô, que eu ando muito mais deprimida do que eu já estava. Ele faleceu no dia 29 de maio de 2010, 14 dias depois do meu aniversário, acho que não havia comentado nada sobre, não estava me sentindo muito a vontade pra falar nele. Não iria conseguir, está sendo difícil agora depois de mais de 5 meses, imagine antes.
Eu sinto tanta falta dele... Eu queria ele aqui comigo, queria ele aqui pra sempre, sempre que eu precisasse de colo, de ajuda, queria ele aqui pra pelo menos brigar comigo, sabe? Ele sofreu tanto quando voltou pra Natal, ele aprendeu tanta coisa quando voltou. Pra mim nada era mais forte que ele, nada o atingiria nunca, mas não foi bem assim. Quando eu vi minha fortaleza inatingível lá, deitado numa cama de hospital, tão frágil, meu mundo caiu, o chão se abriu, eu quase enlouqueci. Foi um dos piores momentos da minha vida.
Desde quando ele me deixou eu me sinto meio perdida, tão vulnerável. Eu ainda não consigo ouvir Vento No Litoral de Renato Russo.
É tão ruim me sentir assim, as vezes eu só quero chorar, gritar, eu fico perdida, eu não sei o que fazer, como reagir...
Eu me pergunto:

"O que está acontecendo?
O que você está fazendo?
Porque está amanhecendo?
O que você está dizendo?" - Relicário, Nando Reis.

Eu me sinto tão pequena, sozinha, vazia...
A gente ficou tanto tempo longe; quando ele voltou tanta coisa aconteceu...
Ele era tão forte, tão soberano... As vezes acho que eu não vou aguentar, e as vezes quando eu estou só, eu realmente não aguento. É uma dor insuportável, vai rasgando tudo por dentro, dói tanto...

"Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar,
Existe algo que diz,
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim" - Vento No Litoral, Renato Russo.

"...Eu sinto a sua falta
E a falta
é a morte da esperança

A vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama

Por onde andei?
Enquanto você me procurava
E o que eu te dei
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava..." - Por Onde Andei, Nando Reis.